terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Para melhorar 3G, teles devem dividir redes

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) fez uma lista de pedidos às empresas de telefonia móvel para melhorar a qualidade das conexões 3G no país.

Encontro entre o superintendente da agência, Jarbas Valente, e diretores de seis operadoras móveis – entre elas TIM, Vivo, Claro e Oi – acordou testes de compartilhamento de redes em várias cidades do país.

A ideia se baseia em somar toda a infraestrututura 3G disponível no país para dar conta de picos de acesso. Assim, por exemplo, se um cliente da operadora A enfrentar tráfego lento demais, sua conexão vai direto para a operadora B ou C que cobrir a mesma área e tiver um fluxo de dados menor naquele momento.

Esta técnica já é praticada em municípios com menos de 30 mil habitantes, onde não há grande infraestrutura de redes móveis. Agora, no entanto, a Anatel propõe ampliar esse modelo. Segundo a agência, é possível registrar o quanto cada operadora usou da rede de sua concorrente e, ao final de cada mês, promover uma compensação entre elas.

Assim, quem usar mais os serviços de outra tele, deverá remunerá-la por isso. Esta medida serviria para melhorar um pouco a qualidade do 3G em situações pontuais, como pico de tráfego de dados em uma ou outra tele.

Além disso, a Anatel afirma que pressionou as teles para equilibrar a relação entre oferta e demanda, só comercializando serviços que têm plena capacidade de cumprir. Assim, quem não investir mais recursos em sua infraestrutura, não deve vender novas contas para conexão em sua rede.

A agência divulgou ainda que vai monitorar as ofertas e promoções de fim de ano feitas por cada tele no país. As operadoras deverão comprovar que têm capacidade de atender ao aumento no número de usuários em suas redes móveis.

O encontro entre teles e Anatel serviu ainda para discutir investimentos necessários para atender aos grandes eventos que o Brasil vai sediar a partir de 2011. Entre eles estão os Jogos Mundiais Militares de 2011, a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.

Todos estes eventos vão demandar uso intensivo de infraestrutura de telecomunicações nas cidades que sediarão as competições.

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